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Mostrando postagens de agosto, 2020

POESIA

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  L ídia Xavier M OTIVO A velocidade da tecnologia Me faz temer pelo sensível Nos tornando mais máquinas Me angustia a ideia Da mesmice ao lado da evolução Sinto o estagno em mim Onde a única coisa que trabalha É minha nostalgia De uma alegria intensa Sentida em cada átomo Mas hoje aparecida  Como uma esvaída lembrança.   A ilusão de que o amadurecimento Traz consigo a tristeza Não me consola Me traz enjoo o conformismo Uma insana busca pelo motivo Mora em mim, onde me distraio E de qualquer forma, me conforto Pois se há uma busca, há esperança Enquanto estiver inconformada Estarei em caminho ao motivo De encontro com uma realidade mais suportável Estarei viva. Lídia Xavier é estudante e poetisa. Amante da literatura e das artes em geral; com intensidade da  vídeo-arte.  É membro da sociedade Literária Acreana (SLA). Se gostou, deixe seu comentário e volte outras vezes!

CRÔNICA

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 P or   F átima cordeiro CAFÉ DA MANHÃ                Ela sentia-se solitária. Marido, filhos, netos. Todos, matinalmente, saiam para trabalhar. O silencio imperava na casa.     Não praticava esportes, não caminhava, não recebia visitas, não era vista pela vizinhança. Não conhecia os vizinhos que chegavam nem os que iam embora.                 Certa vez, acordou decidida! Iria vender café da manhã na calçada de casa! Queria companhia para tomar café. Foi um choque familiar.                  -Estais louca, vovó? Vão dizer que estamos passando fome!                 - Querida, você não precisa trabalhar desse jeito!           Estava decidida. E, para qualquer ideia contrária, havia preparado uma resposta à altura. Pesquisou muito sobre os quitutes pref...

POESIA

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Fátima Cordeiro/2020   LUTANDO PELA MESMA VIDA Mais do que lavar as mãos É preciso lavar o coração Mais do que usar máscaras É preciso mostrar as faces Dos que sofrem com falta do pão Mais do que não aglomerar É alavancar o espirito da paz Na multidão A natureza vai além Do Ego inflado dos egoístas Dos sadomasoquistas Dos ambiciosos capitalistas Que desdenham os ecologistas. Á todos, o mesmo nível Da ignorância Da indiferença Da sobrevivência Lutando pela mesma vida Rastejando pela mesma comida Sufocados pela mesma sede Morrendo como animais Sem tempo nem lenço Para velar os seus mortos Que partiram nessa agonia De não vê-lo s nunca mais.   Fátima Cordeiro tem formação em Pedagogia pela Universidade Federal do Acre (UFAC) e em Teologia pela Diocese de Rio Branco. Membro fundadora da Sociedade Literária Acreana (SLA) e Imortal da Academia Acreana de Letras (AAL). Se você gostou, deixe seu comentário e volte outras vezes!

CONTO INFANTIL

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*O Menino Rosa e a Menina Azul*      (Por Maxilane Martins Dias  O Menino Rosa e a Menina Azul eram amigos. Moravam na mesma rua, ele no início e ela no final, na mesma quadra.   Como a amizade dos dois era boa, estavam sempre juntos, principalmente, na hora das brincadeiras na rua e nas idas e voltas da escola.  O menino gostava de brincar de bonecas, de patins, de cozinhar, de lavar, de arrumar a casa e outras brincadeiras que muitos diziam ser de meninas.  A menina gostava de brincar de carrinho, de bola, de soltar pipa, de pião e de bolinhas de gude, brincadeiras que muitos diziam ser de meninos.  Na verdade, nenhum dos dois pensava nisso, gostavam mesmo era de brincar. Eles eram muito bons nas brincadeiras que gostavam.  Quando estavam juntos, e sempre estavam, brincavam um pouco de cada brincadeira. Eles se divertiam bastante assim.  A cor preferida da menina era o azul, pois era a ...