SOCIEDADE LITERÁRIA ACREANA

   Autora Elza Dias Trabalho doméstico no Brasil: ontem e hoje, que mudou? Eu era criança, mas lembro muito bem. Por Elza Dias   Era a década de 1960 e 1970. Havia muita pobreza. No Norte de Minas, onde cresci, era comum que famílias pobres, com 10, 12 filhos, entregassem uma, duas, ou até mais filhas para viverem com famílias ricas — em troca de alimentação, moradia e, quando possível, algum estudo, geralmente à noite. Essa prática era reflexo do abandono vivido pelos negros após a abolição da escravatura. Os libertos foram deixados à própria sorte, sem terra, sem emprego, sem moradia. Muitas famílias permaneceram nas fazendas porque simplesmente não tinham para onde ir. Era comum os próprios pais autorizarem as patroas a "corrigir" suas filhas. E muitas delas eram surradas. A maioria nem chegava a estudar, pois seus dias só terminavam depois que as crianças da casa dormissem e tudo estivesse limpo e arrumado para o dia seguinte, que começava às 5 da manhã. Estudar era i...

    Músico Hermógenes Neto Do tarefeiro Hermógenes Neto para Sebastião Isac de Melo   Olá amigo Isac de Melo,   Hoje amanheci com coração batendo forte de saudades do povo do norte e aqui estou a pensar principalmente nos amigos poetas literatas do meu ciclo passado, amigo... que vácuo. E mais ainda dos nossos encontros, principalmente aquele nosso último encontro na área de casa da mi esposa Maze Oliver, que entre um gole e outro de cerveja pelo nobre e grande (na alma) Isac Melo, você suavizava e limpava as impurezas de nossas almas no momento presente com suas músicas de tons aveludados e harmônica como dizia o nobre amigo Elizeu Melo que me deixavam em estado de catalepsia com apenas os lobos frontais cefálicos funcionando em êxtase. Algo nunca vivenciado em meu viver. Eita, que momento, que momento inexplicável, mas hoje sei o quanto foi importante e inesquecível e está como soma para o meu construtivo espiritual. Gratidão e muito honrado por ...