POESIA


Por Valdeci Duarte
Escritor Valdeci Duarte
RIO QUE ME PARIU Eis aí o rio,
Exageradamente querido,
Que abraça e fertiliza
A cidade da minha vida.

Este é o rio Aquiri 
O mesmo que purifica o homem
Que o observa do barranco
O mesmo de muitos cantos e encantos e lendas.

Este é o rio de saudade
Que carrega os balseiros da minha vida.
O mesmo de águas barrentas, de solo fértil,
De uma história sangrenta e esquecida.

Eis aí o rio,
Depósito de podridão
E que mesmo assim alimenta
O ribeirinho, meu irmão.

Este é o rio da minha, das nossas brigas.
O mesmo que doura à luz da lua,
Que de beleza transborda
E desabriga.

Este é o rio que me pariu
Rio da minha infância sofrida
Rio de muitas voltas, de muitas idas.
Rio doce, rio branco, rio da minha vida.

Volte outras vezes.  Estaremos esperando. Não deixe de comentar!

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

OPINIÃO - Trabalho doméstico no Brasil: ontem e hoje, o que mudou?

CRÔNICA - Reflexões de um corpo em transformação -

CRÔNICA POÉTICA - O NATAL